I. A controvertida história
Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas
aos cultos feitos pelos antigos para agradecer pelas boas colheitas agrárias,
isso há mais de 3 mil anos antes de Cristo.
Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em
homenagem à deusa Isis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas.
Também atribuem seu início aos gregos, que festejavam a celebração da
volta da primavera e os cultos ao deus Dionísio entre os anos 605 e 527 a.C.
Outros falam da Roma Antiga com suas orgias sexuais, saturnais e lupercais
em honra aos deuses Baco, Saturno e Pá.
Uma coisa, porém, é comum a todos: o carnaval tem sua história
ligada a fenómenos astronómicos ou da natureza. O carnaval se caracteriza por
festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.
1) A discussão em torno da definição
Assim como a origem da
festa, a palavra "carnaval" também apresenta diversas versões e não
há unanimidade entre os estudiosos.
Há quem defenda que o termo carnaval deriva de "carne vale" (Adeus, carne!) ou de "carne levamen"
(supressão da carne).
Essa interpretação da origem
etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma, que era, em
sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual, mas também uma época
de privação de certos alimentos, dentre eles a carne.
Outra interpretação, essa mais comum, é que seu significado é "festa — ou festival — da carne".
2) O carnaval no Brasil imperial
No Brasil imperial, o
carnaval era chamado de "entrudo" por influência dos
portugueses que trouxeram, em 1723,
brincadeiras e festejos carnavalescos.
Muitos atribuem o início do
carnaval no Brasil à festa feita pelo povo para comemorar a chegada da Família
Real. As pessoas saíram comemorando pelas ruas com música, usando máscaras e
fantasias.
Portanto, essa festa não
possui nenhum sentido sacro em sua origem, muito ao contrário.
II. A reprovação bíblica ao carnaval
Inúmeras passagens bíblicas
poderiam ser citadas para condenar as práticas carnavalescas.
Porém, há um texto que
penso ser a mais fiel representação do que acontece nessas festas em nosso
Brasil.
O apóstolo Paulo diz em
Gaiatas 5.19-21: "As coisas que a
natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a
impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades,
as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as
divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e ' outras coisas parecidas com essas. Repito o
que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o , Reino de Deus"
(NTLH).
Pessoalmente, desconheço
uma descrição bíblica mais fiel ao que acontece nos dias de festas
carnavalescas.
Há alguns anos, uma das
bandas da Bahia lançou uma musica que incentivava a traição entre os casais. A
letra rala de ter uma espécie de "passe
livre" por uma noite para fazer o que quiser.
Propositalmente, utilizei a
versão da Nova Tradução na Linguagem de Hoje para que fique claro que as
palavras de Paulo não são referentes a um passado distante. Afinal, pecado é
pecado em qualquer época.
1) Alerta aos cristãos
É inadmissível um cristão
participar de tais práticas. Os que fazem isso não recebem o Reino de Deus em
seus corações e nem alcançarão o Reino na sua plenitude. As obras da carne nos
afastam de Deus.
Somos advertidos a cuidar de nossos olhos,
pois, para onde olharmos, a mídia, seja impressa, televisiva ou online, está
repleta de imagens indecorosas. Um verdadeiro atentado à moralidade. E um período
de inversão total de valores. Homens se vestem de mulher e mulheres se vestem
de homem.
2) As notícias ao final da festa da carne
Além disso, basta apenas
ver as notícias ao final da festa da carne para constatar que ocorreu o maior
número de acidentes automobilísticos com vitimas fatais; maior número de
contaminação por vírus HIV em decorrência da promiscuidade e uso compartilhado
de seringas para consumo de drogas injetáveis, assim como as demais doenças
sexualmente transmitidas; aumento considerável do número de crimes, como
homicídios, furtos, roubos, estupros, abusos de rodas as espécies, pedofilia;
famílias destruídas devido às brigas decorrentes de adultério e traição;
embriaguez com uso exagerado de álcool; vandalismo e atos de desordem deixando
a cidade suja, exalando odor de urina; aumento de casos de gravidez não
planejada; suicídios; overdose; aumento do número de atendimentos em postos de
saúde e emergências dos hospitais.
Para muitas cidades, o
carnaval é sinónimo de aumento de arrecadação, um momento de ganhar dinheiro.
Mas, a pergunta, para ficar
na questão ética, é se é justo produzir riquezas às custas de tantas desgraças?
Podem dizer "Vivemos
em um país livre, as pessoas são livres para optarem ficar em casa descansando,
sair de férias ou, ir pular carnaval'". Os que fazem a opção por se
afastarem das obras da carne, que querem preservar a família, as amizades, os
bons relacionamentos, são tidos como antissociais.
Contudo, ficamos com as
palavras de Pedro: "Mais importa
obedecer a Deus do que aos homens" (At 5-29).
Obedecendo a Deus,
habitaremos eternamente com o Senhor, "e
ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e
do Cordeiro, e os seus servos o servirão" (Ap 22.3).
Por: PR.
Eduardo Leandro Alves
Fonte:
Jornal Mensageiro da Paz, março de 2011
Divulgação:Perto do Fim