Temos um referencial na liturgia e esta deve prevalecer

Muito tem-se fala­do em renovação na liturgia. Al­guns argumen­tam que precisamos renovar nossos princípios ltúrgicos. Mas, essa "renova­ção", na prática, se confunde com inovação.
Embora muito semelhan­tes, essas palavras nos impõem profundas   divergências  no contexto   pentecostal.  

A diferença entre RENOVAR E INOVAR

Renovar,
é mudar para melhor ou  melhorar em alguns aspectos,  enquanto que inovar é abandonar o antigo, recomeçando de modo diferente.
No meio em que vivemos, presenciamos todos os dias inovações das mais diversas. Algumas até razoáveis; outras, esquisitas, antibíblicas.
Não podem suportar as intempéries do tempo, porque, geralmente, são movimentos baseados na presunção, na porfia. Esses movimentos estão centralizados, quase sempre, na pessoa do líder.
Se esse líder sofrer algum problema de ordem social ou moral, todo movimento sofre as consequências, ou seja, vai a pique.

A alerta para as igrejas Assembleia de Deus

Observamos esses fatos apenas para lembrar que não precisamos copiar ou importar costumes e métodos para manter a estabilidade que o Espírito Santo nos legou até aqui.

Liturgias humanas passam. Não, porém, a liturgia dos cultos da Igreja Primitiva. Comparar a Igreja do século 20 com a Igreja Primitiva, aquela que brilhou no livro de Atos dos Apóstolos, embora distante, sempre será necessário para não se perder o referencial.
Veja 1Coríntios 14.26: "Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmos, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação".

Doutrinas meramente humanas logo cedem passagem para outras recém-descobertas. Não, porém, a doutrina dos apóstolos.
Rejeitemos essas inovações. Expurguemo-las cio nosso meio!

Perguntas fidedignas

A renovação de que precisamos não seria melhorar alguns aspectos do que já funcionou comprovadamente no início?
E esta nova geração de obreiros não é fruto disso?
O número que dispomos de crentes, templos, obras sociais e pastores porventura não é a prova da eficácia do método de trabalho dos pioneiros? Podemos, então, julgá-lo obsoleto?

Não é preciso ir muito longe para identificar nosso perfil. Está diante de nós. Voltemos nosso olhar para a Igreja Primitiva em Atos dos Apóstolos e para o início das Assembleias de Deus no Brasil e teremos um ponto de partida essencial. Esse olhar dirimiria muitas dúvidas.

Veja o caso da Europa e da América do Norte, celeiros de missionários e berços dos grandes avivamentos. Inovaram, por isso tornaram-se não mais celeiros de missionários, mas grandes campos missionários.
Mudaram o marco estabelecido pelos pioneiros (Pv 22.28). Permitiram a ingerência do deus deste século que, com astúcia, opinou nos negócios da Casa do Senhor (IJo 2.15 – 17).

A renovação que as Assembleias de Deus Precisam

A renovação de que precisamos, antes de quaisquer métodos ou estratégias, é o urgente retorno ao altar da oração, da busca da sabedoria e da fé, dos dons do Espírito, indispensáveis na execução das libras de Deus.
Da oração, porque orando tornamo-nos humildes diante de Deus; da sabedoria, porque ela é a mola mestra que norteia decisões; da fé, porque sem ela é impossível agradar a Deus. Renovar sim. Inovar não
Por: PR. José Wellington Bezerra da Costa.
Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, setembro de 2003
Divulgação / Adaptação: Perto do Fim

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