Mulheres no Pentecostalismo

Outra característica do movimento pentecostal nos seus primórdios foi a grande participação e visibilidade dada às mulheres.
Dois exemplos notáveis são Maria Beulah Woodworth-Etter e Aimee Semple McPherson, esta última a fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular.

Maria Woodworth-Etter (1844-1924)

Essa famosa pregadora teve uma vida difícil até os 35 anos. Cinco de seus seis filhos morreram e o seu primeiro marido foi surpreendido em adultério.
Em aflição, ela uniu-se aos quacres e tornou-se uma pregadora avivalista. Nos seus cultos, as pessoas clamavam e choravam em alta voz; muitos participantes entravam em transe ou tinham visões que podiam durar várias horas.

Em 1912, aos 68 anos, ela abraçou o movimento pentecostal mais amplo ao pregar por seis meses em Dallas. Tornou-se uma das evangelistas pentecostais mais conhecidas do início do século e o seu ministério possibilitou o surgimento posterior de outras mulheres pregadoras e ministradoras de curas.

Aimee Semple McPherson (1890-1944)

Originalmente de sobrenome Kennedy, Aimee nasceu em Ontário, no Canadá. Seu pai era metodista e a mãe, do Exército de Salvação. Quando adolescente, conheceu o pentecostalismo através das pregações de Robert Semple, com quem se casou aos 17 anos. Ele morreu dois anos depois, em Hong Kong, quando o casal iniciava uma carreira missionária. Voltando para casa, ela contraiu matrimônio com o homem de negócios Harold McPherson e eles se tornaram evangelistas itinerantes (depois que ela quase morreu de apendicite em 1913). 

Em 1917, Aimee passou a publicar a revista mensal The Bridal Call (“O chamado do noivo”) e começou a atrair a atenção da imprensa. Depois que o marido pediu divórcio, ela aceitou em 1918 um convite para pregar em Los Angeles. Dedicou as suas energias à recuperação do “cristianismo da Bíblia”, usando como tema Hebreus 13.8.

Em 1919, iniciou uma série de conferências que a tornaram famosa. Dentro de um ano, os maiores auditórios dos Estados Unidos não comportavam as multidões que queriam ouvi-la. As orações pelos enfermos tornaram-se marcas de suas campanhas. Em rápida sucessão, ela foi à Austrália, a primeira de suas viagens ao exterior (1922), consagrou o Templo Ângelus (1923), fundou uma estação de rádio (1924) e sua escola bíblica mudou- se para uma sede própria (1925). “Sister”, como era chamada, também iniciou projetos na área social em diversas cidades.


Alderi Souza de Matos - Divulgação: Perto do Fim
Previous Post
Next Post
Related Posts