Muitos
enganadores e muitos enganados.
Ao ser questionado
pelos seus discípulos sobre o que aconteceria antes da sua vinda e do fim do
mundo (Mt 24.3), Jesus respondeu: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos” (vv. 4,5). O vocábulo “muitos” merece atenção especial, uma vez que
costumamos empregá-lo gene- ricamente, para qualquer grupo de pessoas ou
coisas. Na passagem em apreço, significa muitos, mesmo!
Depois do Arrebatamento,
entrarão em cena o Anticristo e o Falso Profeta
(Ap 13).
Mas, nesses
últimos dias, já há precursores desses líderes do mal: “Filhinhos, é já a
última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm
feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora”. João falou de
muitos anticristos e muitos falsos profetas (I Jo 4.1); e Pedro, ao alertar
sobre estes, disse: “E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será
blasfemado o caminho da verdade” (2 Pe 2.2).'
Em Mateus 24.11
está escrito: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” —
“muitos e muitos”, outra vez. De fato, não serão poucos os enganadores nos dias
que antecederão ao Arrebatamento. A cada dia, aumenta o número dos falsos
profetas, verdadeiros lobos (At 20.29), que, com a sua aparência de piedade (2
Tm 3.5; I Rs 13.15-18) e dizendo que estão a serviço de Deus (Ap 2.2,20), se
passam por ovelhas (Mt 7.15) e enganam aos desavisados (Ef 4.14).
Guerras
e rumores de guerras
As guerras e os
constantes rumores de novos conflitos também apontam para o retorno de Cristo
(Mt 24.6,7). Temos presenciado em nossos dias o surgimento de revoluções (Lc
21.9, ARA), com motivações cada vez mais banais. Há algum tempo, a publicação
de caricaturas do profeta do Islã, em jornais europeus, foi o suficiente para
promover uma onda de atentados contra embaixadas e consulados. No Irã, como
resposta, a imprensa lançou uma competição de ofensas a judeus.
Israelenses (como
os israelitas são chamados desde 1948) e palestinos continuam sendo o assunto
principal das páginas internacionais dos jornais do mundo. No ano de lançamento
da primeira edição desta obra, os Estados Unidos — nação aliada de Israel —
continuam no Iraque, apesar de todos os protestos, sobretudo dos muçulmanos. O
Irã parece não temer nada e afronta Israel, afirmando, através de seu líder,
que o Holocausto é um mito. Tem-se a impressão de que todos os conflitos têm
algum relacionamento com Israel.
A
perseguição aos judeus continuará até ao fim da
Grande Tribulação, quando os exércitos do Anticristo, na tentativa de aniquilar
os judeus, serão vencidos pelo Senhor Jesus Cristo (Ap 16.13-16; 19.11-21). A Palavra
de Deus diz que “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios
se completem” (Lc 21.24).
E claro que, logo
após o Arrebatamento, haverá uma trégua. O Anticristo firmará um pacto de três
anos e meio com os judeus, propiciando ao mundo uma aparente paz mundial, que
sumirá da Terra em pouco tempo.
Vemos isso em Apocalipse
6.1-4: o cavalo branco — uma alusão à paz ilusória e temporária que começará na
Terra, ainda antes do Arrebatamento (I Ts 5.3), e terá seu apogeu quando o
Anticristo assumir o controle político do mundo — será seguido do cavalo
vermelho, cujo cavaleiro terá a missão de tirar a paz do mundo. A tão esperada
paz só será viável no Milênio (Ap 20.1-6).
Fomes
e epidemias.
O aumento do
contingente de miseráveis em todo o mundo é um sinal claro de que Jesus em
breve virá buscar o seu povo (Mt 24.7).
Calcula- se que, a
cada ano, no mundo, morram cerca de vinte milhões de pessoas por causa da fome.
No Brasil, estima-se que quase dez milhões de famílias estejam passando fome.
As grandes vítimas são as crianças; a alimentação inadequada retarda seu
desenvolvimento físico e mental, além de reduzir a sua resistência às doenças. E
sabe-se que a destruição protéico-calórica é verificável em milhões de crianças
latino-americanas.
Jesus mencionou,
ao lado da fome, as epidemias ou pestilências (Lc 21.11), enfermidades
mortalmente infecciosas que continuarão fazendo vítimas, a despeito dos avanços
da medicina. Quando surgiu a penicilina, ainda na primeira metade do século
passado, pensava-se que as infecções seriam vencidas. No entanto, de lá para
cá, novos vírus surgiram, sobrepujando a capacidade inventiva do homem. O mundo
tem sido desafiado por epidemias novas ou pelo recrudescimento de antigas, como
aids, malária, cólera, tuberculose, dengue, etc.
Terremotos
e coisas espantosas.
Outro sinal
escatológico são os terremotos. Jesus vaticinou que eles ocorreriam em vários
lugares (Mt 24.7) e que seriam grandes (Lc 21.11). Quem estuda um pouco de
geologia sabe que existem áreas de maior incidência sísmica. Contudo, nota-se
que os abalos têm acontecido até mesmo em lugares distantes das regiões onde
ocorrem os deslocamentos das placas tec- tônicas. Até no Brasil vem ocorrendo
pequenos sismos, o que, há algum tempo, estava fora de cogitação.
Em Lucas 21.25,
Jesus disse: “E haverá... angústia das nações, em perplexi- dade pelo bramido
do mar e das ondas”. Essa passagem alude ao fim Grande Tribulação, quando Jesus
aparecerá com poder e grande glória (v.27). Nesse caso, o terremoto no fundo do
mar, ocorrido em 26 de dezembro de 2004, na Indonésia, foi mais do que um sinal
da Segunda Vinda. Sem dúvidas, aquele tsunami foi uma amostra do que acontecerá
na Terra quando Deus julgar a Besta e seus adoradores (Ap 6.12; 8.5; II.13.19;
16.18).
Juntamente com
terremotos, fomes e pestilências, Jesus vaticinou que haverá, nesses últimos
dias, coisas espantosas (Lc 21.11).
O Senhor, aqui,
parece ter usado o mesmo recurso empregado em relação às obras da carne. Como a
lista era longa, o apóstolo Paulo abreviou-a, dizendo: “e coisas semelhantes a
estas” (G1 5.21). Ao mencionar coisas espantosas sem especificá-las, Jesus pode
ter feito uma referência a quedas de meteoros, furacões, tufões, tornados,
erupções vulcânicas e acontecimentos terríveis semelhantes a estes.
Perseguições.
Muitos crentes não
se conformam em ser rejeitados pelo mundo; querem ser bem tratados. E claro
que, como cidadãos, temos direitos e deveres. E devemos, sim, reivindicar
aquilo que a lei nos garante. Não obstante, Jesus disse: “Então vos hão de
entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão. Sereis odiados de todas as
nações por causa do meu nome” (Mt 24.9).
O Senhor deixou
claro que o ódio contra os seus servos se daria por causa do seu nome. Em
outras palavras, os crentes perseguidos não são os que estão acomodados,
buscando prosperidade material. Tal acossamento está relacionado aos crentes
praticantes, que vivem e pregam o evangelho, e não com os nominais (Mc
13.10,11).
Não podemos
ignorar o que está escrito em Mateus 5.11,12: “bem-aventura- dos sois vós
quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra
vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão
nos céus. Porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”. Não é
normal sermos bem tratados neste mundo, a menos que nos conformemos com ele (Rm
12.1,2), abraçando o pensamento ecumênico.8
Essa perseguição
pode ocorrer também entre os familiares: “E até pelos pais, e irmãos, e
parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós” (Lc 21.16).
Quando alguém se converte de verdade, as potestades do mal se enfurecem. O
Inimigo sabe que um crente de vida ativa é uma ameaça para o domínio das trevas
e se vale de todos os meios para tentar levá-lo ao fracasso. Por isso, muitos
não estão dispostos a ter uma vida cristã atuante (cf. Mt 10.32-39).
Escândalo,
traição e ódio.
Jesus disse:
“Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros” (Mt
24.10, ARA). A expressão “nesse tempo” foi empregada depois de Ele ter
mencionado falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes, pestes,
terremotos e perseguições (vv.5-9). Isso mostra que muitos — “muitos”, outra
vez! —, nesses últimos tempos, mesmo diante de tão claros sinais da parte do
Senhor, continuarão seguindo ao engano.
Escândalo,
traição e ódio.
Jesus disse:
“Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros” (Mt
24.10, ARA). A expressão “nesse tempo” foi empregada depois de Ele ter
mencionado falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes, pestes,
terremotos e perseguições (vv.5-9). Isso mostra que muitos — “muitos”, outra
vez! —, nesses últimos tempos, mesmo diante de tão claros sinais da parte do
Senhor, continuarão seguindo ao engano.
A
palavra “escândalo” significa “fato ou acontecimento
que contraria e ofende sentimentos, crenças ou convenções morais, sociais ou
religiosas estabelecidas; indignação, perplexidade ou sentimento de revolta
provocados por ato que viola convenções morais e regras de decoro”.
Mas, ao lado do
escândalo, está a traição generalizada: “trair-se-ão uns aos outros”. Isso
denota que a traição se torna, a cada dia, um sentimento presente no casamento,
na sociedade, entre os que se dizem amigos, etc. O pensamento de que é preciso
“puxar o tapete” de alguém visando projeção e crescimento costuma ser comum nas
empresas. A Palavra de Deus diz: “os homens maus e enganadores irão de mal para
pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13), enfatizando que o sinal em
apreço continuará se intensificando até ao Arrebatamento.
Jesus também falou
de ódio generalizado: “uns aos outros se aborrecerão”. E o sentido de odiar ou
aborrecer aqui é alimentar sentimentos maldosos e injustificáveis para com o
próximo. Faz-se necessário observar a advertência da Palavra de Deus, em I João
3.15, a fim de que tal sentimento não encontre lugar em nós: “Qualquer que
aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem
permanente nele a vida eterna”.
Iniquidade
e esfriamento do amor.
Em Mateus 24.12, Jesus
mencionou mais dois alarmantes sinais, um decorrente do outro: “E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”. E o que assusta, neste
duplo sinal, é mais uma vez a palavra “muitos”, cujo significado é “quase
todos”.
Não foi por acaso
que Jesus ensinou: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e
espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela”
(Mt 7.13). A cada dia, a aceitação da verdade da Palavra de Deus torna-se mais
difícil. Doutrinas que outrora, ao serem ensinadas, geravam temor, têm levado
muitos crentes a fazerem questionamentos.
Vemos que os
mensageiros conservadores — mas conservadores do ponto de vista bíblico (2 Tm
1.13,14) — são vistos por muitos como extremistas, descontextualizados ou
politicamente incorretos. Isso, com certeza, é reflexo do dúplice sinal em
questão. O amor ao mundo faz-nos perder o amor a Deus (Tg 4.4; IJo 2.15-17). E
muitos líderes, à semelhança de Demas (2Tm 4.10), perderão a visão espiritual,
nesses últimos dias.
Os
cultos, que deveriam ter como objetivos o louvor a
Deus e a exposição da Palavra (I Co 14.27), se transformarão — como já vem
ocorrendo — em programas de auditório, shows, com muito entretenimento e pouco
ou nenhum quebranta- mento de espírito na presença do Senhor. Esse sinal indica
que, nos últimos dias, o mundo se tomará tão religioso, e a igreja — quer
dizer, uma boa parte dela — tão mundana, que não se saberá onde começa um e
termina o outro.
Sabendo que tudo
isso aconteceria, Jesus alertou: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que
possais escapar...” (Lc 21.36, ARA) E, como escapar? O caminho é dar ouvidos à
Palavra de Deus e se arrepender, a fim de que o nosso amor não se esfrie (Ap
2.4,5).
Dias
de Noé.
Outro sinal da
vinda de Jesus é a similaridade dos últimos dias com os de Noé, caracterizados
por, pelo menos, três coisas: materialismo, in- diferença e violência. Não é o
que vemos hoje, em grande escala? Os homens estão cada vez mais materialistas.
Como vivem fazendo planos para aumentar o seu patrimônio (Lc 12.16-20), não
conseguem pensar nas “coisas de cima” (Cl 3.1,2), relativas ao Reino de Deus
(Lc 12.31). A Palavra do Senhor assevera que devemos nos guardar da idolátrica
avareza (Ef 5.5; I Tm 6.10).
O materialismo
torna as pessoas indiferentes ao Criador. Os antediluvianos só pensavam em seu
bem-estar; sentiam-se seguros. E é assim que muitos, em nossos dias, estão se
comportando. Mas a indiferença e a aparente segurança nada representaram diante
do juízo divino: “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia
em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os
levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.38,39).
Além
de indiferentes e materialistas, os antediluvianos eram violentos (Gn 6.11-13).
O mundo nunca
esteve tão cheio de violência como hoje! Países europeus que se gabavam de sua
“superioridade” em relação aos países subdesenvolvidos em matéria de segurança
e respeito ao ser humano enfrentam agora grandes dificuldades. Nos Estados
Unidos, crimes bárbaros têm sido cometidos por jovens de famílias aparentemente
bem estruturadas.
A violência, no
Brasil, está banalizada; os aparecimentos de baleias encalhadas em praias do Rio
de Janeiro ou de um pinguins trazidos pelas ondas do mar chamam mais atenção
que assassinatos. O que é isso? Como diz a Palavra de Deus: “Perto está o
Senhor” (Fp 4.5).
Dias
de Ló.
Antigamente, o
comportamento libertino era uma exceção; a cada dia, torna-se uma regra. Muitas
mulheres, em busca da “libertação”, resolveram se entregar aos seus próprios
desejos carnais (Rm 1.26). Relacionam-se com pessoas que estão vendo pela
primeira vez! Os homens, além dos pecados morais tidos como comuns, “se
inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão,
cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu
erro” (v.27).
Esse deprimente
quadro se constitui em mais um sinal indicador do Arrebata- mento, pois Jesus
disse: “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de
Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos” (Lc 17.28,29). As
pessoas, naquele tempo, além de materialistas e indiferentes, eram imorais e
amantes do prazer ilícito, antinatural (Gn 19.1-9). E, por isso, Deus destruiu
as cidades de Sodoma e Gomorra (vv.24,25).
Falta
de fé.
Em Lucas 18.8 está
escrito: “Quando, porém, vier o Filho do Fio- mem, porventura, achará fé na
terra?” Alguém poderá concluir: “Bem, a julgar pelo grande movimento da fé de
nossos dias, o Arrebatamento ainda demorará a acontecer”. Entretanto, a fé da
qual falou o Senhor não é aquela usada em benefício próprio. Antes, implica
confiança, fidedignidade, fidelidade e lealdade, nesses tempos que antecedem o
Arrebatamento.
Nos últimos dias,
haverá muitos falsos mestres (2Tm 4.3), e inúmeras pes- soas se desviarão da fé
genuína, cujo objetivo não se restringe ao recebimento de bênçãos para esta
vida. Ter fé implica possuir fidelidade e confiança inabaláveis em Deus, haja o
que houver (Hb I I.I; Fp 4.10-13). Esta virtude faz-nos ter a certeza de que
pertencemos ao Senhor, ainda que venhamos a sofrer e a morrer (Rm 8.38,39; At
14.22).
Ananias, Misael e
Azarias demonstraram ter essa confiança ante a ameaça de Nabucodonosor: “Eis
que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará
do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei,
que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste” (Dn 3.17,18). Eles estavam convictos de que Deus poderia livrá-los,
e ao mesmo tempo preparados para morrer, se fosse necessário; porém jamais, em
hipótese alguma, adorariam falsos deuses, mesmo que Deus não os livrasse da
morte.
Infelizmente, no
tempo do fim, proliferará a falsa fé, egocêntrica — a fé na fé. Muitos agirão
como se Deus tivesse de responder “sim” a todos os seus pedidos. A Palavra de
Deus ensina-nos a ter uma confiança inabalável (Mq 7.1-7; Jó 42.2), para que,
até à nossa reunião com Ele, não nos movamos facilmente de nosso entendimento,
combatendo o bom combate até ao fim (2Ts 2.1,2; 2Tm 4.7,8). E este tipo de fé
será uma raridade quando o Senhor voltar.
Grandes
sinais do céu.
Jesus profetizou
que haveria grandes sinais do céu, isto é, provenientes do céu (Lc 21. II). Não
se trata de eclipses ou passagens de co- metas (conquanto esses sejam eventos
raros), mas de “grandes sinais”. Alguns teólogos encontram nessa passagem respostas
para fenômenos que transcendem à compreensão da ciência, como o aparecimento no
espaço de objetos voadores não-identificados.
Muitos dos
supostos discos voadores não passam de aviões, balões meteorológicos de grande
altitude, planetas; fenômenos estratosféricos causados por inversões de
temperatura, etc. Há sim alguns objetos voadores para os quais a ciência não
tem explicação. Talvez sejam parte dos “sinais do céu” preditos por Jesus, em
Lucas 21.11. Mas não devemos especular sobre coisas incertas, tampouco nos
atemorizarmos por causa delas (Jr 10.2).
Multiplicação
da ciência.
Em Daniel 12.4, o
termo “muitos”, referente a sinais precursores da vinda de Jesus, ocorre de
novo: “muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”.
Há, nessa última hora, uma corrida desesperada em busca de respostas
cientificas. Não obstante, mesmo com toda a evolução da ciência e da
tecnologia, só a Palavra de Deus tem a resposta para as principais indagações
da humanidade (I Co 2.14,15; I Tm 6.20).
Na tentativa de
encontrar respostas para os mistérios que só podem ser desvendados pelo estudo
das Escrituras, mediante a revelação do Espírito, os homens têm investido
quantias exorbitantes! E até hoje os pesquisadores não conseguiram responder
cientificamente a perguntas como: “Quem somos:”, “De onde viemos?” e “Para onde
vamos?” Não chegam às respostas, porém fazem des- cobertas impressionantes, que
comprovam a veracidade da profecia de Daniel.
O governo
norte-americano investe milhões de dólares em pesquisas espaciais. Com quais
propósitos? Entender a complexidade do Universo e tentar descobrir a existência
de seres mais evoluídos em outros planetas. Não tem havido êxito concreto nessa
busca exobiológica, mas os investimentos “astronômicos” têm contribuído sobremaneira
para o desenvolvimento da tecnologia, beneficiando, assim, o único planeta
habitado, a Terra.
Nesses dias que
antecedem ao Arrebatamento, os homens continuarão correndo de um lado para o
outro, em busca de novas descobertas, e a ciência continuará a se multiplicar,
para espanto de muitos. Não devemos ficar preocupados com avanços e descobertas
nos campos da astronomia, da paleontologia, da biologia — como a clonagem, as
pesquisas com células-tronco, etc. Tudo isso é um claro sinal de que perto está
o Senhor.
Apostasia
A apostasia também
está associada aos últimos dias (2 Ts 2.3; I Tm 4.1). E, da forma como é
mencionada, só pode ocorrer entre os crentes em Jesus, pois as pessoas do mundo
não têm de que apostatar. Este verbo denota abandono consciente da verdade,
para seguir à mentira.
A Palavra de Deus,
em 2 Timóteo 4.3,4, de modo profético, mostra como esse pecado ocorre nesse
tempo do fim:
“Porque
virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e
desviarão os ouvidos da verdade; voltando às fábulas”.
O apóstolo Pedro
assim resume o estado de quem apóstata: “Porque
melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o,
desviarem- se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo,
sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu
próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama” (2 Pe 2.21,22).
Portanto, o pecado
do apóstata é maior que do incrédulo. O que ele outrora praticava, nos tempos
da ignorância (At 17.30), por andar segundo o curso deste mundo (Ef 2.2), agora
fá-lo conscientemente.
Escarnecedores.
Sempre houve
escarnecedores (Sl 1.1; Is 28.14; Sf 2.8), inclusive no tempo em que Jesus
andou na Terra (Mt 20.19; 27.29,41). Mas a proliferação deles é um claro sinal
da iminência do Arrebatamento: “nos
últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias
concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que
os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”
(2 Pe 3.3,4).
Em
Judas w. 18,19 são mencionadas três características desses escarnecedores:
1) Andam
segundo as suas ímpias concupiscências.
2) Causam
divisões.
3) Não têm
o Espírito Santo.
A Palavra
de Senhor afirma que “nos últimos dias” haveria homens blasfemos (2Tm 3.1,2). E
blasfemar significa adotar uma linguagem difamatória, zombeteira, escarnecedora
e maligna acerca da Majestade Divina. Como Deus não se deixa escarnecer (G1
6.7), julgará com equidade os que “pisam” o Filho de Deus e têm por profano o
sangue do testamento, fazendo agravo ao Espírito da graça (Hb 10.29; Mt
12.31,32).
Tempos
perigosos (2Tm 3.1, gr.).
Os dias que
antecedem a Segunda Vinda são realmente trabalhosos, difíceis, perigosos; o
espírito do Anticristo já está no mundo (I Jo 4.3). Na Palavra de Deus, em
2Timóteo 3.1-5, ARA, há uma longa lista com dezoito características anticristãs
dos homens maus desses últimos tempos, as quais apresentamos abaixo, em três
grupos de seis.
Primeiro
grupo — os que desprezam a Deus e a família:
1) Blasfemadores;
zombam de Deus, de sua Palavra, da obra expiatória de Cristo e de tudo o que é
sagrado.
2)
Irreverentes; profanos; sem respeito pelas coisas sagradas.
3) Sem
domínio de si; incontinentes, desequilibrados; insaciáveis quanto ao pecado
4)
Atrevidos; obstinados; insistem em pecar, mesmo depois de serem ad- vertidos.
5) Mais
amigos dos prazeres que amigos de Deus; dizem-se amigos de Deus,
mas é só
“aparência de piedade”; são, na verdade, inimigos do Senhor (Tg 4.4).
6)
Desobedientes aos pais; desonram e amaldiçoam pai e mãe (Ef 6.1-3; Pv 20.20).
Segundo grupo — os que amam a si mesmos:
1)
Egoístas; idolatram-se; só pensam em seus próprios interesses.
2)
Avarentos; fazem o que for preciso para ter dinheiro; também são idólatras (Ef
5.5).
3)
Jactanciosos; presunçosos, orgulhosos; gostam de se vangloriar.
4)
Arrogantes; pensam que não precisam de ninguém.
5)
Enfatuados; cheios de si; egocêntricos.
6)
Ingratos; incapazes de dizer um simples “obrigado”.
Terceiro grupo — os que odeiam o próximo:
1) Cruéis;
matam, sequestram, estupram, torturam, roubam, por puro prazer.
2) Inimigos
do bem; pessoas sem amor para com os bons; não conseguem amar nem aqueles que
só lhes fazem o bem.
3)
Traidores; fingem-se de amigos, contudo agem como uma serpente ou um cão que se
volta contra o dono.
4)
Desafeiçoados; sem afeto natural; não têm sequer aquela afeição inata, que todo
ser humano deveria possuir, naturalmente.
5)
Implacáveis; irreconciliáveis; incapazes de perdoar; sedentos por vingança.
6)
Caluniadores; inventam males para prejudicar o próximo.
O
Povo de Israel.
A
existência do povo israelita é um grande sinal indicador da Segunda Vinda de
Cristo. Séculos vêm e vão, povos florescem, alcançam seu apogeu, envelhecem e
desaparecem. Mas Israel, ao longo desses quase seis mil anos, não foi atingido
pela lei da mortalidade e desaparecimento dos povos.
A partir do
ano 70, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus ficaram
privados de seu terrtório, vindo a sofrer terríveis persegui- ções. Na Idade
Média, foram queimados aos milhares em praça pública pela Igreja Romana, sob o
domínio do inquisidor Torquemada. E, durante a II Guerra Mundial (1939-1945),
mais de seis milhões foram brutalmente assassinados.
Depois de
ter sido espalhado entre as nações, por desobediência (Dt4.23-28,63,64;
Lc 21.24), Israel foi estabelecido como Estado, em 14 de maio de 1948. O mesmo
Deus que dispensou os israelitas havia feito uma promessa de ajuntá-los em sua
terra (Dt 4.30; 30.1-6; Ez 11.17-36; 37.21); e isso vem se cumprindo desde o
fim da primeira metade do século XX.
Apenas 24
horas após a proclamação do Estado de Israel, os exércitos de Egito, Jordânia,
Síria, Líbano e Iraque invadiram o país, dando início à Guerra da
Independência. Recém-formadas e pobremente equipadas, as Forças de Defesa de
Israel (FDI) conquistaram uma expressiva vitória depois de quinze meses de
combate.
Terminada
essa primeira guerra, os israelenses concentraram seus esforços na construção
do Estado. David Ben Gurion foi eleito primeiro-ministro, e Chaim Weizmann, presidente.
Ainda em 1949, Israel se tornou membro das Nações Unidas, aumentando a fúria de
seus inimigos, que não reconheciam o Estado de Israel.
Em 1956,
sofrendo ameaças de Egito, Síria e Jordânia, Israel tomou a Faixa de Gaza e a
Península do Sinai. Neste mesmo ano, de comum acordo com a ONU, Israel começou
a devolver as terras conquistadas. Esta atitude lhe pro- porcionou algumas
vantagens, como: a liberdade para navegar no Golfo de Eilat e a permissão para
importar petróleo do Golfo Pérsico.
Quando a paz
parecia consolidada, irrompeu, em 1967, a Guerra dos Seis Dias. O Egito
novamente, deslocando um grande número de tropas para o deserto do Sinai,
ordenou que as forças de manutenção de paz da ONU se retirassem da área.
Entretanto, mesmo com a ajuda militar de Jordânia e Síria, os egípcios sofreram
outra humilhante derrota.
Invocando o
seu direito de defesa, Israel desencadeou um ataque preventivo contra o Egito,
no sul, seguido por um contra-ataque à Jordânia, no leste. Ex pulsou,
ainda, as forças sírias entrincheiradas no PJanaJto de GoJan, ao norte. E, em
apenas 6 dias, Israel conquistou a Judéia, a Samaria, Gaza, a Península do
Sinai e o Planalto de Golan.
Em 1973,
depois de anos de relativa calma, ocorreu a Guerra de Yom K1- pur (Dia da
Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico'. Egito e Síria atacaram
Israel, dessa vez de surpresa. O exército egípcio atravessou o Canal de Suez, e
as tropas sírias invadiram o Planalto de Golan.
Em três
semanas, Israel repeliu os ataques de forma milagrosa. Havia, nas Colinas de
Golan, 180 tanques israelenses para enfrentar 1.400 tanques sírios! No Canal de
Suez, havia quinhentos israelenses para enfrentar 80.000 egípcios! Mesmo assim,
em dois dias, Israel mobilizou seus reservistas e conseguiu fazer retroceder seus
adversários, penetrando no território inimigo. Não fosse a intervenção da ONU,
o Egito teria uma derrota arrasadora.
Depois
dessa guerra, a economia israelense cresceu expressivamente. Os investimentos
estrangeiros aumentaram, e, em 1975, Israel se tornou membro associado do
Mercado Comum Europeu. Ademais, o turismo se tornou uma das principais fontes
de renda do país.
Hoje, há
ainda uma permanente ameaça: os palestinos (povos árabes que formavam a
população nativa da Palestina antes de 1948). Estes, depois de serem expulsos
da Jordânia, em 1970, perpetraram repetidas ações terroristas contra as cidades
e colônias agrícolas israelenses, causando danos físicos e materiais.
Atualmente, Israel e ANP (Autoridade Nacional Palestina) vêm tentando um acordo
de paz.
A verdade é
que Deus no princípio estendeu sua mão providente e protetora sobre o povo de
Israel. Ao chamar Abraão, pai do povo israelita, Deus lhe disse: “em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
Mas Israel
não foi fiel ao Senhor e trouxe sobre si duras consequências (Rm II). Neste
capítulo, a Palavra de Deus afirma que “o endurecimento veio em parte sobre
Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” (v.25). O tempo da
plenitude gentílica está chegando. A figueira (Israel) começou a florescer, e
este é um dos principais sinais da Segunda Vinda de Cristo: “Olhai para a
figueira (...) Quando já têm rebentado, vós sabeis (...) que perto está o
verão” (Lc 21.29,30).
Diante de
tantos sinais escatológicos, reflitamos acerca do que Jesus disse, em Mateus
24.33-35:
... quando virdes estas coisas, sabei que ele
está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem
que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas
palavras não hão de passar.