"O
crente pode usufruir dos bens que tenham sido declaradamente oferecidos aos ídolos?"
Desde o Antigo
Testamento, encontramos provas da aversão de Deus à idolatria. São frequentes
menções de advertência ao povo de que não se podia adorar outros deuses, e de
que nenhuma forma de idolatria poderia ser permitida entre o povo. Ou seja, de
forma direta ou indireta, o Antigo Testamento nos deixa claro que a idolatria e
as práticas relacionadas aos ídolos eram proibidas.
Quando lemos o Novo Testamento, em especial a Carta de
Paulo aos irmãos de Corinto, encontramos uma exortação a esses crentes: "Fugi da idolatria".
Era comum a alguns coríntios,
quando se convertiam ao Cristianismo, pregado por Paulo, continuarem
compactuando de rituais pagãos e festas às divindades cm templos idólatras, por
isso se fez necessário tal aconselhamento.
A intenção de Paulo era
mostrar que o verdadeiro cristão, uma vez convertido, deveria deixar para trás todas
as práticas que não condiziam com a conduta cristã.
Dessa forma, entendemos que a
verdadeira conversão requer um abandono total de todas as práticas que não
glorificam a Deus. Paulo salienta que nem tudo convém à condição cristã, mesmo
que nos pareça ser lícito.
Uma vez que foi comprado com o
sangue de Cristo para viver a liberdade cristã, o cristão não deve deixar-se
escravizar de novo, misturando-se com a idolatria, que nada serve para
edificação espiritual.
Porém, nos dias de hoje, ainda
é comum esta indagação: "Pode o cristão usufruir
daquilo que é sacrificado ou oferecido aos ídolos?"
Considerando, que a prática da
idolatria envolve, direta ou indiretamente, o culto a demónios, os cristãos de
hoje, vivendo a plena liberdade em Cristo, devem se abster de práticas que não
convêm a Deus.
Essas práticas incluem também a
aquisição de bens que foram oferecidos aos ídolos.
Por outro lado, como nos tempos
de Paulo, alguns podem usar de sua sabedoria secular e racionalmente
questionar: "Se o ídolo nada é, então mal nenhum há nisso". Mas, a
Bíblia rebate esse argumento, afirmando que quando o cristão participa da idolatria
e dos seus sacrifícios, ele deixa de lado o senhorio e a graça de Cristo:
"Mas que digo? Que o ídolo é alguma
coisa? Ou que o sacrifício ao ídolo é alguma coisa? Antes, digo que as coisas
que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demónios e não a Deus. E não quero
que sejais participantes com os demónios", ICo 10.19,20.
Entendemos, então, que o poder
que age por trás de toda idolatria é o dos demónios. Dessa forma, concluímos
que usufruir dos bens oferecidos aos ídolos em nada glorifica a Deus e,
consequentemente, afasta o cristão da verdadeira comunhão espiritual.
Amados, fujamos de qualquer
tipo de idolatria e portemo-nos de modo a levar outras pessoas a serem salvas.
Por: PR.
José Alves da Silva
Fonte:
Jornal Mensageiro da Paz, julho de 2011
Divulgação: Perto do Fim - Site Cristão